O tempo perdido, o tiro pela culatra, a vingança, a mentira e o tendenciosismo [opinião]


[Nota prévia: Artigo de opinião não baseado directamente em qualquer estudo]


Quando tomamos algo como verdade e vemos que o mundo não a está a ver e está até a distanciar-se desta; poderemos puxar a coisa para o nosso lado tendenciosamente; ou seja, demasiado para um lado pensando que assim irá ser melhor (mais rápido) para a sociedade fixar-se na verdade central.
No gráfico seguinte temos a opinião pública num lado e a tentativa de disseminar uma ideia no campo oposto:
Acontece que ao puxar demasiado, para além da verdade (sermos tendenciosos) para qualquer que seja o lado, estamos na verdade a perder força no nosso argumento, a perder credibilidade mais tarde ou mais cedo, pois vai-se descobrir que a verdade não é tão exagerada. Estamos ainda a dar força à mentira oposta, no sentido que muita gente poderá pensar que se nós estamos errados então o outro lado será o correcto.
No curto prazo poderemos mudar mais rapidamente a média da opinião pública para o nosso lado ( ) mas a longo prazo perdemos tempo para obter o resultado final estabilizado e perdemos energia colectiva que poderia ser usada noutras coisas (estamos a criar divisão de ideias na sociedade quando deveríamos criar convergência):
 A minha visão é que se apontarmos logo de início para o caminho final, chegámos lá todos mais rapidamente:
Já temos a verdade e a mentira, o tendenciosismo e o seu tiro pela culatra, e o tempo perdido. Onde entra a vingança?
A vingança é exactamente o fazer aos outros aquilo que não gostámos que nos façam a nós. É dizer uma mentira para tentar corrigir a injustiça de outra mentira. É cometer um crime para tentar compensar outro crime. Para mim a vingança é sempre errada, e é criar confusão escusada e não apontar logo para o caminho certo.

Minha conclusão: Nunca se deve usar uma mentira para combater outra mentira!

Toda esta teoria se aplica em inúmeros exemplos da nossa vida: política, negócios, saúde, educação, relações pessoais, justiça e até mesmo na ciência.

Por exemplo: ultimamente tem havido muita polarização política no mundo e, no meu entender, é porque as pessoas não fazem o esforço de ser cuidadosas no que dizem e escrevem, sendo demasiado tendenciosas num sentido.
Criam-se assim distintos grupos que deixam de falar entre si porque vivem em realidades distintas, dado que as mentiras (ex. notícias falsas) os vão separando.
Vemos assim que é muito importante ser advogado do diabo, tentar encontrar uma única realidade que sirva de ponte entre cada pessoa.

Já outra questão julgo que não se deve confundir com esta: quando é um caminho que é sempre melhor se tendermos para um lado. Ex: dar uma mentirinha para nos forçarmos a acreditar que vamos conseguir algum objectivo.
Agora, não podemos obrigar as outras pessoas a seguir o caminho que achamos certo. Apenas argumentar para semear ideias que podem florescer nos outros para algo melhor que inicialmente imaginamos.

Qual a vossa opinião?

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